quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Mas você vai embora??? Por quê???

Why? Are you Nuts?



Olá pessoal!

A muito tempo estou tentando escrever no blog. É claro que o objetivo deste não é tão somente contar as experiências que venho passando mas sim procurar de alguma forma passar dicas e aprendizados para quem esteja interessado no assunto.

Criei este Blog inicialmente para incentivar quem ainda tem alguma dúvida do por que migrar, como migrar, quais pré-requisitos são necessários e, ao longo de nossas pesquisas, conseguimos buscar boas informações que estão nos ajudando neste processo.

Porém, antes de começá-las, a maior pergunta que ouvi durante o meu processo de comunicado aos meus amigos e profissionais que trabalho foi: "Você vai embora do Brasil?? Por quê??". Me pareceu que todos enxergavam isso como algo altamente impossível, fora da realidade, algo que estou fazendo e no qual irei certamente me dar mal ou até mesmo, passar por grandes dificuldades. Bom, é claro que não estou indo com a certeza de um sucesso, mas ao menos, com a tentativa de uma vida melhor e se tudo der errado, voltar com uma bagagem internacional em meu currículo, e é neste ponto onde eu quero chegar!

Fazendo um breve resumo, eu diria que nos meus atuais 34 anos de idade, nunca pensei em imaginar seu eu poderia/teria qualificações para poder viver em outro país. Até então, as metas atuais eram as de qualquer cidadão Brasileiro que procura seu lugar ao sol: ter um bom carro, uma boa casa, uma família, um bom emprego e viver a vida com qualidade.

Até meados de 2005, o Brasil vivia um momento econômico onde os imóveis eram de certa forma viáveis a serem adquiridos. É claro que os juros eram muito maiores (12% a média) e financiamentos imobiliários não eram tão rápidos como são hoje. Para qualquer trabalhador que estivesse com uma renda poupada para a aquisição do primeiro imóvel nesta época, conseguiria ter um financiamento com uma parcela de entrada maior do hoje, com um prazo de financiamento menor e uma parcela mensal maior do que o atual.

Com a entrada das facilidades de financiamento que se iniciaram após isto, todos os imóveis desta época praticamente triplicaram de valor. Então, se em 2005 você estivesse interessado em comprar um imóvel de R$ 80.000,00, houje ele vale algo em torno de R$ 250.000,00 (se for na Zona Sul de São Paulo, mais ainda), o aumento exponencial e rápido dos preços fizeram com que muitas pessoas (inclusive eu) esperasse mais tempo para poder poupar mais dinheiro para a entrada do imóvel. Porém, como este valor aumentava de ano a ano, cada vez mais a primeira entrada tornava-se distante.

A população de um modo geral, pouco se importando com o elevado aumento no mercado imobiliário e a "maquiada" dos juros baixos, iniciou uma busca frenética em adquirir seu bem, pouco se importando com a qualidade, tamanho do imóvel ou se realmente o preço era de ocasião.

Bom, contei esta história triste para poder dizer o seguinte, existe um ditado que eu sempre ouvi que chama-se "dinheiro não leva desaforo". A situação que ocorreu neste tempo foi para mim um desaforo de tamanho tão grande que recusei-me a pagar um apartamento que estava quase concluindo a compra, em virtude do dono do imóvel quase dobrar o preço durante a negociação.

Além deste, a atual situação no Brasil, especificamente em São Paulo (capital - litoral), onde temos grandes problemas em corrupção e de infraestrutura de um modo geral, a crescente violência, a baixa qualidade nos sistemas de saúde, sejam pelo SUS ou conveniados, o baixo investimento em mobilidade e além de tudo isto e não mais que menos importante o BAIXÍSSIMO investimento em educação, onde vemos jovens saindo das escolas sem ao menos conhecimento mínimo em seu próprio idioma, fez-me criar um enorme descontentamento do país. É absolutamente revoltante saber que você, cidadão honesto, pagador de altos impostos recebe um retorno tão pífio de seus governantes.

Vivemos em um país onde a Capital São Paulo possuí um custo de vida idêntico de países de primeiro mundo. Em palestras sobre migração, é claro e notório que a situação atual não faz o menor sentido. Não faz sentido termos uma taxa de recolhimento de impostos estimados em mais de 3 Trilhões de Reais e uma cidade como Sydney - Austrália estar em 11o no ranking e ter uma qualidade de vida infinitamente superior do que em São Paulo.

Diante deste cenário, o que se pode fazer? Chorar? Sair às ruas e protestar até alguém ouvir? Tentar convencer a grande massa para desenfrear o consumo por bens com o objetivo de reduzir o valor de um modo geral? Ou, se contentar com o quem tem "pra hoje" e continuar levando a famosa vida de formiga?

Se você em todas as perguntas, assim como eu, não aceitou permanecer nestas condições, parabéns! Você é uma pessoa que quer o melhor para você e sua família! Talvez você até seja uma pessoa que esteja na mesma situação como a minha, que está(va) interessado em gastar seu dinheiro poupado por muitos anos para um apartamento de 50 metros quadrados, com uma vaga na garagem, (sendo que você terá que alugar mais uma vaga para o veículo de sua esposa, pois o transporte público é ineficaz).  Provavelmente você está(va) comprando o imóvel em uma área mais popular de São Paulo, com grandes dificuldades no trânsito para ir e voltar do trabalho. Provavelmente você está(va) achando que este era um ótimo negócio e que em um primeiro momento, pagar uma prestação por até 30 anos acharia que iria passar rápido. Mas provavelmente se você percebeu que comprar um imóvel de R$ 200 mil e no fim da prestação você verificar que teria pago R$ 500 mil e praticamente sua vida estaria toda enterrada neste financiamento, provavelmente você percebeu que isso seria muito ruim e que a sensação que o cidade não iria lhe retornar este custo com benefícios foi grande.

Portanto, o que se pode fazer com um dinheiro poupado? Ou você pode manter em sua conta, ou manter em um investimento CDB de baixo retorno, ou manter na poupança com baixo retorno, ou investir em alto risco (aí nesta parte, você tem que ter sangue frio para ou dobrar seu investimento ou perder tudo que você poupou. No meu caso, prefiro desconsiderar esta opção pois não especialista nisto, rs).

Porém, e se, você possuir um Bacharelado, já com ao menos 1 de trabalho na área, com conhecimento inicial de inglês e com grande vontade de melhorar sua vida, disposto a se sacrificar em um novo país, uma nova cultura e um novo começo e estiver interessado em usar este recurso poupado para planejar a migração e estudos acadêmicos neste país? Se você for este perfil, você é um forte candidato a um processo de migração!

É claro que migrar para outro país não significa simplesmente fazer as malas e colocar o pé na estrada! Se para migrar de um estado para outro requer planejamento, o que você diria se estivesse indo para o outro lado do mundo? Para isso, eu pretendo nos próximos posts poder responder quais maneiras isso pode ser feito além do convencional IELTS + Visto de Residente.

 Diante desta situação, você ainda pensa em ficar no Brasil?

Acho que a famosa pergunta foi respondida!

Grande abraço!!









2 comentários:

  1. Infelizmente é esse o pais que vivemos! Quando vim para a Bahia, enfrentei os mesmos questionamentos. É como se não existisse vida fora da rotina de SP. As pessoa ficam tão presas no seu modo de vida, (formiguinha) que não conseguem imaginar nada fora dele. Eu parto da seguinte premissa, se outros vivem fora de SP, eu também consigo! Se outros conseguem viver fora do Brasil (o difícil é viver nele) com toda certeza você também consegue! Desejo não pouco sucesso! que Deus seja contigo! Abraço

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  2. Grande amigo Franci! Muito obrigado pelas palavras e vamos manter nossa comunicação. Grande abraço!!!

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